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Trabalhadores apresentam força do tabaco em Brasília

Audiência Pública, realizada na Câmara dos Deputados, discute a posição do Brasil na 10ª Conferência das Partes (COP-10), que ocorre no Panamá, em novembro

 

Brasília – O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (STIFA) e a Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Afins (FENTIFUMO) participaram, na manhã desta quinta-feira, 15/06, de uma audiência pública, realizada na Câmara dos Deputados. O ato, coordenador pelo deputado federal Alceu Moreira, reuniu lideranças do segmento para discutir o papel do Brasil durante 10ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. O evento mundial será realizado no Panamá, entre os dias 20 e 25 de novembro próximo.

Representando a FENTIFUMO e o STIFA, por conta da ausência do presidente das duas entidades, Gualter Baptista Júnior, que se encontra em viagem ao exterior, o secretário geral e de organização da entidade, Éder Roberto Figueira Rodrigues participou da audiência. “É papel fundamental do nosso segmento estar unido e fortalecido para defender a nossa atividade. Uma atividade legal, constituída e organizada, que é fonte de renda e emprego em centenas de municípios do Brasil”, aponta.

Rodrigues apresentou os números do emprego na indústria do tabaco. Com atuação nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais, a indústria tabagista responde hoje por 40 mil empregos diretos e 120 mil de forma indireta. “A manutenção destes postos de trabalho é de extrema importância, garantindo assim a geração de emprego e renda a partir da produção de tabaco, com isso manter também a força econômica dos municípios produtores e da cadeia produtiva”, reforça o secretário geral e de organização.

Além de representar uma grande parcela de mão de obra, a indústria do tabaco remunera seus trabalhadores com salários acima da média. “Estima-se que, mensalmente, são pagos mais de R$ 1,8 bilhões em salários. Além disso, o setor é um dos que mais arrecada impostos no país, ajudando a manter ações dos governos em todas as esferas”, defende Rodrigues. Com base na estimativa salarial, calcula-se que os trabalhadores das indústrias do tabaco representam uma arrecadação mensal de R$ 690 milhões para o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

A audiência ocorreu no anexo II do Plenário 6, da Câmara dos Deputados, em Brasília. O encontro foi convocado pelo deputado federal Alceu Moreira e contou com diversas lideranças do setor do tabaco. O ato é uma espécie de “preparação” da delegação do Brasil para a participação na COP-10, marcada para os dias 20 a 25 de novembro, no Panamá. O encontro mundial, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) vai na direção oposta da cadeia produtiva do tabaco, cujo objetivo é reduzir a produção e dificultar o acesso do produto ao redor do mundo. O Brasil tornou-se signatário da COP em 2003, ou seja, há 20 anos.